segunda-feira, 5 de novembro de 2012

OS MELHORES DA PLAYBOY


Pode parecer piada para a garotada de hoje em dia mas no tempo em que eu era criança/adolescente era comum os adultos (homens, é claro) dizerem que compravam a revista Playboy para ler as entrevistas. As pessoas davam um risinho, mas não podiam contradizê-los, afinal, era senso comum que aquelas entrevistas eram boazudas mesmo. 
Mas eu não comprava por isso. Além de atender à solicitação de meus hormônios a revista trazia algo muito melhor do que as tais entrevistas. Os contos. De autores razoavelmente consagrados,  outros que se consagrariam depois ou "apenas" de bons escritores, não havia um número em que aqueles relatos não me surpreendessem. Histórias de mistério, suspense, drama. Recheadas de  disputas, mortes, redenções. Fascinava-me a capacidade de, em algumas páginas, personagens exibirem tanta verossimilhança (bem, naquele tempo eu não conhecia essa palavra, mas o sentido sim).
Agora, olhando para aqueles dias, confesso que os tais contos me parecem melhores ainda. Afinal, a concorrência que havia, duas páginas antes ou duas páginas depois era realmente de arrasar.

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