sábado, 3 de novembro de 2012

DESTERRO (OU ANTES DO FIM)



Eles se desconsertavam. 
Uma vez ele a deixou passada.
“Você sabe que está fazendo comigo o que ninguem fez?”
“O que?”
“Estou perdidamente apaixonada!”
“Eu não. Estou achadamente apaixonado.”
Numa outra ocasião, enquanto falavam ao telefone ele disse:
“Estou sentindo a tua falta.”
Desta vez ela o calou:
“Estou sentindo a tua presença.”

De repente, não mais que de repente...

Cai o pano.

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