quarta-feira, 21 de novembro de 2012

NADA



Rascunho, apago, 

volto a escrever, 
uma letra traço
até que finalmente 
a folha rasgo.
Inconvícto recomeço,
um esboço, 
uma frase. Rabisco.
NADA!
Nova tentativa: agora teclo
e tão veloz quanto correm meus dedos
com uma única pressão
tudo deleto.

O branco que me dá
permanece na folha, 
na tela ou o que o valha.

Mas segue pedindo passagem,
arranhando, faz alarde.
Quer virar verso 
silenciosamente lido 
ou recitado
aquilo que não passa 
do meu sentir desatado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário