terça-feira, 10 de julho de 2012

ESPASMOS



Bastaram 24 horas de perturbação virótica e a memória começa a revirar seu lodo.
Das camadas onde se misturam o tudo e o nada, o sempre e o nunca, o vivido e o quase, emergem minhas vozes internas mais dolentes.
O quase! Nada mais sombrio do que o quase. 

Foi-se o tempo em que me via como um insurgente. Hoje sou fúria sem som, um Faulkner sem sonhos de perfeição. 


Lembro dos trechos de livros lidos em voz alta, agonias. 

Espasmos. 

Fatalidade? Provavelmente é parte de um plano inconsciente rumo à calmaria.

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