sexta-feira, 3 de agosto de 2012

TEMPOS IMPERTINENTES



Amei, 
aos dezessete, 
como se não fosse chegar aos dezoito.
Aos vinte e um, como um construtor 
de catedrais eternas.
Aos trinta e três, com a paixão de um Cristo
e a vergonha de um Judas.
Aos quarenta, com a sede do lobo 
que lambe gelo no mais terrível dos invernos.

Hoje, 
amo como se não fosse chegar à meia noite,
com a paixão de um Judas,
um construtor de Cristos,
a vergonha de um inverno 
e a sede do gelo que lambe o lobo
na mais terrível das catedrais.

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