sexta-feira, 10 de agosto de 2012

CANTO DOS AMANTES (OU PORQUE ODEIO OS FINS DE SEMANA)




Se são nossas as tardes no meio da semana
e as mensagens logo de manhã,
flores num dia qualquer,
e-mails e bilhetes ridículos,
olhares cheirando a maçãs;
as noites de sábado parecem infinitas.
Sem escutar uma palavra, conversamos por horas,
enquanto desconfortavelmente jantamos em família.

Domingo à noite!
Quando quem trabalha chora e lamenta
ao ouvir a musiquinha do Fantástico,
exatamente é nessa hora,
que minhas esperanças se renovam
e meu coração desperta ofegante.

Porque se aproxima a segunda feira.
Porque se aproxima a segunda feira!

Se na sexta vivemos a despedida
com choro incontido, mãos que não se largavam,
amanhã viveremos uma alegria desmedida.

E perguntarão invejosos: Por que tanta felicidade?
O fim de semana foi tão bom assim?

Ah. Eles não têm como saber,
que o início foi o fim da angústia
e coisas tristes já se tornam belas
com um simples lanche juntos
e a promessa de um semana eterna.


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