terça-feira, 2 de outubro de 2012

EL ULTIMO ELVIS


Da penca de bons filmes que tenho assistido no Festival do Rio nenhum me impressionou mais (pelo menos até agora) do que EL ULTIMO ELVIS, do diretor argentino Armando Bo (também um dos roteiristas e produtor).


O filme conta a história de Carlos Gutierrez, um operário que faz cover do rei do rock em casamentos, bingos e pequenos clubes do suburbio, e que confunde sua própria existência com a do ídolo. O personagem, construido à moda e tormenta shakespeareana, é representado brilhantemente pelo arquiteto e professor universitário Jonh McInerny (em sua estreia nas telas). Com humor e dor na dose certa, o filme mostra a agonia de Carlos, quando ele precisa cuidar de sua filha pequena justamente quando se aproxima o dia que ele considera o mais importante de sua carreira.


Se fosse em Hollywood, McInerny e Bo já seriam favoritos para levar estatuetas do Oscar para casa. A direção de arte de Daniel Gimelberg também impressiona.


Pela temática e pelo tratamento cinematográfico do tema não pude deixar de lembrar do O LUTADOR (2008), de Daren Aronofsky, aquele mesmo que "ressucitou" Mickey Rouke. Nos dois filmes os personagens buscam uma saída impossível para aquilo que fizeram de suas vidas.



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