terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

ESPERA

El Amor, de Marc-André M.


Vivo na prisão chamada tempo 
em abomináveis pesadelos morro
quisesse Deus apressava seus ponteiros,
atendia minha prece, vinha em meu socorro.

Segundos tardam como um ano
faço de tudo mas não adianta
na hora cheia sinto um alívio
desta espera que me faz insano.

Mas eis que a desejada hora se aproxima
onde fazemos pouco da existência
e os nossos corpos se expandem ao infinito.

Aí, como se quisesse que soframos
o tempo corre, abrevia nosso encontro
e se revela o inimigo mais maldito.

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