domingo, 17 de março de 2013

ROSAS (PARTE 2)


Na primeira vez que a vi nua
fui seduzido de cara pelos rosas
de sua crua carne,
de suas mucosas com aroma de mar
e morte.


Com fúria sombria
escalei seu montes,
mergulhei em vales.
Vencida, sua relva revelou
um agridoce regato onde saciei
minha sede e minha pressa.

Na primeira vez que a vi nua,
perdi tudo de uma vez:
os sentidos, o juízo e as palavras.




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