sábado, 12 de janeiro de 2013

O DIA



O dia nascia indeciso
sobre as cores que vestiria.

Com o teto  em Vênus
eu nem percebia.

O dia crescia perdido
revezavam-se  vento e calmaria.
As  horas, implacáveis,

seguiam cumprindo.

O dia corria indevido
entre a sede e a espera.
Ardiam em meus olhos
as securas
do ar e da tragédia.

O dia caia esquisito
ou era minha memória?
Esperávamos chuva?

Esperávamos trégua?

O dia morria esquecido,
sem se saber ao certo.
Com a bússola em Vênus
eu alternava pânico e regojizo.

2 comentários:

  1. Senhor escritor do poema , já pensaste em escrever músicas ? Seus poemas tem métrica e , como são pequeninos , poderiam facilmente abraçados por notas musicais. Pense sobre isso. Bom dia indeciso.

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    1. Gostaria mas só se aparecesse um músico bem paciente para uma parceria! Mas obrigado pela ideia!

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