sábado, 25 de maio de 2013

FERNANDO PESSOA E A ALMA DE CÔRNO


Antes tarde do que nunca.
Sou daqueles que acredita nas vidas secretas (reais ou apenas imaginadas), nas intenções, nas entrelinhas.
De forma que, para mim, a notícia da publicação de cinco sonetos inéditos de Fernando Pessoa pela revista Granta só ganhou peso quando li um deles, o Alma de Côrno. Que Pessoa era dedicado à expansão ninguém discute. Que seus 127 heterônimos dessem conta de quase tudo que é assunto acho possível, até provável. Mas não garanto, já que não sou estudioso nem pesquisador. Encontrar, portanto, um poema que trata de assunto tão mundano, foi uma upgrade na minha relação de longa data com o português.


Não nos enganemos, no soneto há bastante lirismo e erudição. Mas dessa vez, confesso, gostei mesmo foi da última estrofe, uma coisa meio Bocage, meio eu mesmo!

Um comentário:

  1. Concordo plenamente, Raul! E acredita que muita gente ainda não crê que é um soneto de Pessoa? Já escrevi alguns artigos defendendo a autoria pessoana -- eis o último deles, publicado pela revista Plural: https://www.academia.edu/12796359/_2015_Alma_de_C%C3%B4rno_Revisited_._In_Pessoa_Plural_7

    ResponderExcluir