Por essas ruas, nas noites
há fantasmas caminhando
que não podemos enxergar
mas que choram,
que berram,
berram.
E há abrutes que riem,
querem mais, querem mais,
pirotecnias
públicas e privadas
onde possam defecar.
Sob o luar onde ontem
no carro, na rua de trás,
fizeram aquilo que hoje,
não fazemos nem nos lençóis.
Vejo almas pequeninas
e
grandes defeitos de origem
entre as luzes azedas dos postes
e os bueiros do metrô.
Nenhum comentário:
Postar um comentário