volto a escrever,
uma letra traço
uma letra traço
até que finalmente
a folha rasgo.
Mas segue pedindo passagem,
a folha rasgo.
Inconvícto recomeço,
um esboço,
uma frase. Rabisco.
uma frase. Rabisco.
NADA!
Nova tentativa: agora teclo
e tão veloz quanto correm meus dedos
com uma única pressão
tudo deleto.
O branco que me dá
permanece na folha,
na tela ou o que o valha.
na tela ou o que o valha.
Mas segue pedindo passagem,
arranhando, faz alarde.
Quer virar verso
silenciosamente lido
ou recitado
aquilo que não passa
do meu sentir desatado.
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