Eu quero teus pecados, culpas e cansaços.
E quero todos!
Teus baixos intintos,
os altos amores.
Um doce afago
mas também o acre, o suado, sujo.
E até o mais vil, inominável!
Quero o mais escondido, reservado
além do oferecido, escancarado.
Quero algum proibido,
e todo o permitido!
Quero deuses,
teus valores gravados na pele
em retorno te oferto
meus demônios e meus infernos.
Quero tua maiúscula letra,
fogo que consome quem deseja.
Às vezes nem sei porque nome te chamo!
De volta te dou minhas páginas e versos.
Se há alguma submissão de tua parte,
percebo mas sem espanto,
que esta, revela é minha escravidão
e afirma tua liberdade.
Mesmo ainda assim, quero tudo!
Voz e escarro,
grito e mordaça.
Receber teu sol ao meio dia
e oferecer madrugadas de tempestade.
Beber teu sangue infértil
e te saciar com meus milhões de infecundos reflexos.
Quero devastação!
meus sonhos substituidos.
Esperanças renovadas,
nossos ex–programados futuros destruídos.
Quero sua descompostura,
tua vergonha.
E dar te meus fracassos, minha loucura.
Quero ofensas!
Em paga ofereço meu braço.
Quero guerra!
Desespero!
Morte!
Depois quero juras, lamentos,
promessas, choros.
Alimento para o dia que começa,
sustento para a longa espera.
Um banho rápido,
“A conta por favor”,
uma despedida desajeitada, “Tchau, meu bem”
que nossas famílias e remorsos nos esperam.
(final alternativo-onírico)
Um banho rápido,
Café, pão com geleia, “Tchau, amor”,
já que nossa luta só recomeça
à noite, em casa,
quando voltarmos do trabalho.
Simplesmente maravilhoso, de todos os seus que eu li.....sem dúvida...o MELHOR!!!!!! Parabéns!
ResponderExcluirObrigado novamente!!!!
ExcluirDá pra perceber que foi escrita pra alguém que te marcou muito
ResponderExcluirClaro que foi!
ExcluirA julgar pela qualidade do texto, se ele ou ela tiver o mínimo de bom gosto deve ter te dado um baita pé na bunda...
ResponderExcluirOs pés vão e vêm. A bunda fica!
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