Era 7 de setembro de 2005, pleno feriado da independência. Nesse dia conheci a banda chilena AKINETÓN RETARD. O grupo chileno trouxe sua música inclassificável e me deixou com a cabeça cheia de possibilidades.
Arte muito refinada é o que essa rapaziada faz. Dizem que eles lembram o Magma ou o Soft Machine. Só sei que eu lembro deles!
Prezo a desordem das coisas
o incontável, o inconstante.
Não que por padrões geométricos
minha mente não se perfile.
Mas pelo caos ela abre as pernas!
Prezo a desordem nas coisas
o insólito, a reviravolta.
Para a mão e ideias que tremem, veja só,
ministro a mesma medicina.
Prezo a desordem às coisas
a falta de rimas, os falsos versos.
E prezo o jazz, essa vaga.
Acho que os conheci logo no dia seguinte, num show memorável que deram aqui em nosso Teato Municipal (que fez o muito bem-humorado Tanderal Anfurness lembrar de "Fitzcarraldo"). Música muito dinâmica e elegante. Complexa sem ser cerebral. Pelo contrário, cheia de verve.
ResponderExcluirE o poema é ótimo.
ResponderExcluirObrigado, meu caro! Quanto aos caras, que vontade de vê-los ao vivo novamente!
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